quinta-feira, 5 de maio de 2011

E a chuva chove...


E a chuva chove...
com seus pingos grossos molham a cidade
que já está castigada pelo próprio homem,
que dela não sabe cuidar!

E a chuva chove...
alagam-se bueiros, inundam-se avenidas,
transbordam-se rios...
rios de lama, rios de lixo,
rios de indignação!
Indignação daqueles próprios que
sujam os rios, as ruas, o meio ambiente,
que, provocado, busca sua vingança e
reivindicam o seu espaço,
espaço roubado pelo bicho humano,
que diz-se ser racional!

E a chuva chove...
reclamações, reclamações e mais reclamações...
faltam AÇÕES! Ações que eduquem os seres
que se dizem pensantes, para que
conscientizados do obvio, cuidem daquilo que
ainda resta do planeta!

E a chuva chove...
O Planeta Terra, com 3/4 de água,
sendo apenas 3% potáveis...
Planeta Terra, com suas matas
devastadas e cada vez mais destruídas,
em prol do capital de poucos, e contra
milhares e milhares de seres que nelas viviam!

E a chuva chove...
Chove no Planeta Terra, planeta louco,
planeta lixo, planeta poluído!
Se Deus fez o homem e a mulher, a sua
imagem e semelhança...
Então quem são estes seres que vivem
aqui no nosso planeta, por Ele criado?
ou então...
Que Deus mau, que Deus sujo, que Deus egoísta e ganancioso!

Ou seria: Que filhos desnaturados, desobedientes,
com o ego tão inflado que se atrevem a
destruir aquilo que O pai nos deixou como herança!
Que filhos ingratos! Que filhos teimosos!
Teimam em fazer a sua vontade, reinventando
para pior aquilo que já estava pronto há muito tempo antes deles!
Teimam em fazer de Deus, a sua imagem e semelhança,
numa inversão injusta e errada, para depois estes próprios
filhos levantarem as mãos para o céu,
mas não para implorarem perdão, e sim reclamando
do castigo pela malcriação do maldito filho!

E a chuva chove...



Flávio Augusto Albuquerque

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