sábado, 30 de abril de 2011

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Teus olhos...

Teus olhos....
tem algo neles que me impede de te olhar,
de encarar-te cara-a-cara, olho no olho...
de ver aquilo que guardas na alma!
Dizem que os olhos são o espelho da alma...
Seria a tua assim tão bela,
que me faça sentir-me envergonhado apenas ao olhar-te?
Ou seria ela tão feia que o melhor seria não te olhar?

Teus olhos...
eles têm algo de encantador!
São verdes? Azuis? Castanho-claro? Pretos?
Bom, para mim tanto faz! Porque são teus.
E sendo teus, para mim já basta!

Teus olhos...
eles despertam em mim curiosidade e medo!
Sim! Curiosidade de saber o que tu guardas de precioso dentro de ti,
E medo... medo de saber o que guardarias de tão perverso!

Teus olhos...
O que me acontece se eu olhar diretamente para eles?
Seriam eles encantados como as cobras da cabeça da medusa,
e me fariam petrificar para sempre, de castigo por olhar-te?
Ou seriam eles como o rio que arrancou de Narciso a vida,
e refletiriam a mim mesmo, me fazendo mergulhar neles e me perder?

Teus olhos...
Ah, teus olhos... não consigo resistir a eles!
Eles sugam minha luz, minha alma, meu ser...
São como buracos negros no teu rosto, sugando a mim,
Eles me fazem querer me deixar ser sugado por eles!

Teus olhos...
Eles me passam segurança, neles eu me sinto seguro.
Por outro lado, quando tu piscas demoradamente,
eu me perco! Fico sem direção!
São como faróis para minha alma!

Teus olhos...
eles me fazem acreditar no que tu dizes,
mas me deixam confuso ao mesmo tempo...
O que ELES querem me dizer?

Teus olhos...
Eles são a prova da existência de Deus,
e sendo Deus realidade, então também o é, o Diabo!
Eles me mostram isso!
São o côncavo e o convexo, que se completam,
que ME completam!
Com teus olhos, eu me sinto seguro.
Mas me aperta nos teus braços, forte,
pois tenho medo de cair!
Se eu cair, eu morro...
ou acordo!? Acordo deste sonho...
Deste sonho que são...
Teus olhos!


Flávio Augusto Albuquerque

sábado, 23 de abril de 2011

"Quando eu crescer..."



Eu quero saber como eu vou ser quando crescer!
Será que eu irei ficar careca igual ao vovô?
Ou será que eu vou ficar com o cabelo mudando de cor,
igual ao do meu pai?!

Tem dias que o cabelo dele está bem escuro...
ai vai clareando até ficar com alguns cabelos brancos,
e depois fica escuro de novo!

Mas eu já sei como ele muda a cor do cabelo!
é só ele lavar o cabelo com um xampu que minha mãe usa!
É sim! É de verdade!
Eu já vi minha mãe usando este mesmo xampu!
Ou será que é minha mãe que usa o xampu do meu pai?
Ah, sei lá eu! Eu que não vou perguntar! Eles brigam comigo, eu acho!

E seu eu lavar o meu cabelo com este xampu?
Será que ele vai ficar todo branco, igual ao do tio?
Eu chamo de tio, mas ele não é tio mesmo não, sabe?
É que ele ensina na minha sala, lá na escola!
Quer dizer, onde eu estudo!
Porque eu sou muito novo ainda para ter uma escola!

Ah, mas também quando eu crescer,
não vou querer ser professor!
Nem vou querer saber mais de estudar!
Eu já sei de tudo mesmo...
é só a gente pintar a letra "a",
que é uma bolinha com uma perninha!
Mas a perninha tem que ser para baixo!
Se for com a perninha para cima aí o "a" vira um "o".

Uma vez, uma vez, uma vez ele brigou com o Julinho,
foi sim! Brigou! Apagou e mandou ele fazer de novo.
Também, bem feito! O Julinho é um bobo!
Não sabe nem fazer um "a"!
Eu não. Eu já sei, e o tio nem briga comigo para eu fazer de novo!

Será que meu pai empresta o xampu mágico,
que escurece e clareia o cabelo, para o tio?
Eu vou perguntar depois, porque daí eu faço uma surpresa
para ele! Ele vai ficar feliz, eu acho!
Aí ele toma banho e fica novo de novo!

E se ele ficar careca, igual ao meu avô Manoel,
que tem a cabeça bem lisinha...
Por que será que o vô ainda tem sobrancelha?
Será que ele esqueceu de mandar o cabelo crescer?!

Eu que não sou bobo nem nada,
vou mandar o meu cabelo crescer bem muito!
Cresce cabelo! Cresce cabelo!
Mas não é para crescer muitão não,
senão fica cabelo de menina.

Ahhh... E como é ser gente grande?
Sabia que quero ser astronauta!?
Só para andar na lua!
Eu quero morar lá, na lua, no Céu!
Aqui está muito perigoso!
Minha mãe sempre fala,
e eu vi no jornal da tv!

Tem bandido, tem matador, tem ladrão,
e minha mãe disse que tem o 'velho do saco' também!
Ele leva embora as crianças para fazer mingau!
É sim! Minha mãe falou que é!

Será que o 'velho do saco' é careca?
Eu acho que sim! E ele deve ser bem bem bem, mas bem feio!
Então! É por isso que eu quero morar na lua! Lá não tem 'velho do saco'
Lá não tem matador, não tem ladrão... nada disso!
Ih... Mas e agora? Lá também não tem minha mãe,
nem meu pai, E nem meu cachorro Snoopy...

Ah, já sei! Quando eu for, eu levo eles no foguete comigo!
Pronto! Resolvido.
E lá eles podem ficar com a cor do cabelo que quiserem!
Podem até ficar sem cabelo...
hihihi... vai ser engraçado
ver meu pai e minha mãe sem cabelo! hahahaha
Eles vão ficar igual a mim, agora, não é?
Assim, sem cabelo!

Mas o médico disse que quando eu sair daqui,
o meu cabelo vai crescer de novo!
Por isso que eu tenho que lembrar de mandar ele crescer!
Cresce cabelo! Cresce cabelo!

Uuuui... lá vem a mulher de branco!
Fica quieto, senão ela vai te ver!
shhh... fica quieto!...
Pronto ela já foi!

A minha mãe está chorando de novo! Eu não entendo.
Eu acho que essa mulher que vem aqui,
toda de branco, ela briga com minha mãe!
Porque toda vez que ela vem no meu quarto
aqui no hospital, a minha mãe fica chorando...

O meu quarto lá de casa é bem mais legal!
Tem vários brinquedos lá!
Você quer ir lá na minha casa num outro dia?
No dia que eu sair daqui, ai você vai lá comigo!?

Eu acho que o médico já está terminando de cuidar de mim!
Outro dia eu ouvi ele falando para meus pais...
não lembro o que, mas era alguma coisa terminal!
Então se é terminal, está perto de terminar, não é?
Aí a gente vai lá para minha casa e você brinca comigo!

(...)

Ow moço, o senhor segura minha mão enquanto eu durmo?
Eles não deixam mais meus pais entrarem aqui! Só o senhor
e os médicos e as moças! Será que é porque vocês estão de branco?

Moço, eu estou com muito sono.
O senhor segura bem forte minha mão
e depois me acorda daqui a pouco?
Ah, eu acho que esse reloginho aqui do lado quebrou!
Ele não está mais fazendo barulho... somente um "tuuuuuuuuuuuuuuuu"...

(...)

Que engraçado, moço. Eu estou sonhando, é?
Eu estou com cabelo de novo, olha!
E estou vestindo branco também, igual ao senhor e os médicos!
Por que tem tanta gente em cima daquele menino?
Ele tem um relógio de luz verde igual ao meu, olha.
E está quebrado também!

Como assim ir embora? E meus pais?
Ah é uma surpresa?
Mas eu vou ver meus pais de novo, não é?
O senhor vai me levar em um parque?
Com muitas crianças para eu brincar? Oba!
Mas olha, o senhor tem que prometer
que vai avisar aos meus pais, ta bom?

Agora eu vou poder brincar com os outros meninos.
Não aguentava mais tanto remédio!
Estava ficando chato já!
Mas e o senhor não vem brincar também?
Ah, já sei! Vai buscar mais crianças para o parque, né?!
Acertei?! Então está certo!
Mas não esquece de falar para meus pais que eu estou aqui!
Diz a eles que eu estou bem, e que estou muito feliz!
Ah, e que estou com cabelos de novo!

Acho que o médico acertou mesmo!
Ele disse 'não sei o que lá' terminal!
Está vendo? E terminou mesmo!
Agora estou curado!

Bom, eu vou brincar agora, tá?
Vou brincar de corrida!
Vamos ver quem chega primeiro!
Tchau, moço! Até um dia, na Lua!




Flávio Augusto Albuquerque

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Um dos últimos trechos antes da conclusão do livro "Terra Prometida"... confiram!

(...) e ainda tenho que encontrar alguém que não sei sequer um traço do rosto, e tudo isso o mais rápido possível, senão a Terra vai literalmente virar um inferno! E eu... Eu teria que salvar o mundo! Ora, quem sou eu, para ser escolhido como Salvador da Terra?! A Terra que fora prometida ao Diabo, caso ele conseguisse provar que fora um erro permitir que nós humanos tivéssemos o livre-arbítrio, o poder da livre escolha entre o bem e o mal...

(...)


Flávio Augusto Albuquerque

terça-feira, 19 de abril de 2011

Está terminando... fiquem com mais um trecho do meu livro "A Terra Prometida"

(...)

Segui minha viagem pensando na minha mulher e nos meus filhos... Onde estariam eles? Como estariam lidando com meu sumiço? E se eu fosse busca-los para explicar tudo e leva-los para um local seguro, longe de toda essa confusão?! Será que ir atrás deles iria atrair a atenção do Mal para eles, e eu os colocaria em perigo? Será que era melhor para eles imaginarem que eu estaria morto já? Seria esta uma estratégia para mantê-los em segurança? Oh, meu Deus, o que fazer?

(...)


Não! Eu não suportaria vê-los sofrer nas mãos do Diabo! Eu não poderia condená-los... Minha mulher e meus filhos... O tesouro da minha vida! Tirassem tudo de mim: dinheiro, luxo, minha firma, minha vida... Tudo! Mas não mexam com minha família, senão... Aí sim iriam ver qual é o verdadeiro inferno, aqueles lá de baixo! Tocassem num só fio de cabelo deles e eu os faria pagar pela eternidade a dor do desmembramento fio a fio, pele a pele, osso a osso... Queimaria todos aqueles demônios no fogo do inferno! Destruiria o próprio Lúcifer com as minhas próprias mãos! Isto é uma promessa!


(...)


Flávio Augusto Allbuquerque

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Novo trecho do meu livro "Terra Prometida"

...Há muito tempo já caminho sem rumo. Não sei ao certo se dias, horas, meses, minutos... Simplesmente não sei! Tudo é muito confuso aqui! Os pensamentos embaralham-se como num jogo de cartas. Lembranças esquecidas, dores, amores, prazeres, enjoos, gozos, felicidade, ódio, tristeza... Tudo ao mesmo tempo a me enganar, tentando me fazer sentir vivo.

(...)

Existe no ar um pavor terrível do que pode estar por vir! O medo do desconhecido, a ansiedade em descobrir o que é isso tudo. E a dúvida persistente de como vim parar aqui, é ainda mais enlouquecedora!

Este local tem um fedor horrível... É como se tivessem aberto uma lata de creolina, para disfarçar outro fedor ainda pior, de podridão! Nestes momentos eu gostaria de não precisar respirar, só assim poderia passar direto pelas rajadas deste ar nauseabundo sem ser atingido direto nas narinas.


(...)


Flávio Augusto Albuquerque

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Trecho do meu livro... "TERRA PROMETIDA"

... E lá estava a lápide com a foto do menino, e a inscrição em latim: ad majorem Dei gloriam(“, que significava “Para a glória de Deus”, em homenagem àquela inocente e pobre alma que, sem explicação ateou-se à fogueira, porém dedicara todos os dias de sua vida à Deus! Nunca entenderam por quê o garoto tinha cometido suicídio, e de modo tão trágico!...

(...)

...Esqueceu-se de que suicídio é um pecado mortal, e assim a sua alma partiu, ainda em chamas, direto para o Inferno, aos gritos de tanta dor! O próprio Lúcifer foi busca-lo nos portões do Inferno, para jogá-lo sem piedade nas lavas do rio que circundava o Castelo do Diabo! Ele mesmo queria punir o seu rebento! Agora seria uma chance a menos para ele, e isso não seria perdoado! A cada vez que seu pequeno corpo emergia das lavas, ele voltava a mergulhá-lo! E fez isso repetidas e repetidas vezes! Depois arrastou sua alma em chamas para dentro do castelo, para chicoteá-lo até que ele aprendesse a nunca mais desobedecer a um mandado do seu pai! Se ele fora enviado com o propósito de ser o substituto do Diabo, este deveria ser o destino dele! Não cabia a ele interferir e decidir por si só o seu próprio destino! Ele pertencia ao demônio e sua alma também! Sua alma e seu destino! Era isso que aquela marca na testa significava! Agora já não era possível identifica-la, com aquele rosto deformado por queimaduras das mais profundas! Marcas que João, agora chamado Mok, não esqueceria nunca!...

(...)


Flávio Augusto Albuquerque

terça-feira, 12 de abril de 2011

TIC-TAC...


Tic-Tac
Pei-Buf
Vapt-vupt
Beep-Beep
Din-Don...

Todas onomatopéias ...
representam o som de alguma coisa...
O ponteiro do relógio segue e segue... tic-tac...
As folhas do calendário são arrancadas a cada dia...
O Sol nasce, completa seu ciclo e dá lugar à Lua,
todo o processo recomeça, até o Sol voltar.
A Terra gira, inclinadinha, fica girando, sem parar...

O tempo passa!
Os dias passam, meses chegam e vão.
Os anos se passam... Pei-buf

Cada dia é menos um dia de vida que temos!
E ainda assim a gente não aprende a ver que o tempo passa!
Os problemas passam, vem outros novos,
Problemas novos, antigos problemas ainda a resolver...
E o tempo passando! Vapt-vupt

O relógio não volta atrás!
Maldoso relógio... nos engana
mostrando todo dia as mesmas horas...
Alarmando todo dia logo cedo... beep-beep

As badaladas, sejam aqui ou no outro lado do mundo
Em sincronia, às vezes desordenadas...
Mas todas marcam a mesma prisão: o tempo!
Maldito tempo... corre cada vez mais rápido...
Encurta mais e mais, nos faz correr cronometrando
cada passo que damos!

Temos hora de acordar,
Hora de tomar café.
Hora de sair para o trabalho,
Hora de almoçar,
Hora de largar,
Hora de pegar as crianças no colégio.
Jantar na hora certa,
para dar tempo da digestão, e por fim
Hora de dormir,
isso depois da hora de colocar os meninos
para dormirem, contando a historinha...
que dura uns 10 minutos.

O tempo passa...
Hora da aula...do trabalho...do almoço...
Até a hora da morte nos bater à porta!
Din-don...

Quem será?

(...)




Flávio Augusto Albuquerque

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Mais da mesma coisa...


Tem dias que a gente acorda e pensa, sinceramente, em voltar para debaixo dos lençóis e continuar o sono!

Tem noites de sonos que, de tão perturbadas, parecem mais pesadelo, e a gente mal vê a hora de acordar!

Tem momentos que são, por si só, um sonho; e tem realidades que a gente torce para que tudo não passe de um pesadelo!

Tem vezes que a gente quer ficar só! E tem aqueles que tudo que a gente mais precisa e deseja é ter alguém para abraçar e ficar nos fazendo cafuné!

Tem horas que parecem eternas! Nunca acabam, e a cada minuto parece que o ponteiro volta um pouco mais!

Tem horas que a gente pensa "já acabou?! Tão rápido..."

Tem dias que nunca deveriam ter existido, e tem dias que o tempo deveria congelar naquele exato instante!

Tem palavras que nunca deveriam formar frases; e frases que nunca deveriam ser ditas!

Tem memórias que nunca deveriam ser lembradas; e momentos que nunca deveriam ser esquecidos.

Tem vezes que valem por mil! Outras que deixam a desejar...

Tem pessoas que nunca deveriam nos deixar. Tem outras que nunca deveríamos ter encontrado!

Tem pessoas que querem nosso amor; e tem aquelas que nunca se satisfazem...

Tem coisas que a gente tem vergonha de falar, tem coisas que devemos calar!

Tem coisas que queremos gritar para o mundo ouvir!

Tem pessoas que merecem; outras que não!

Tem "eu-te-amo's" que são da boca pra fora;

Tem "eu-te-amo's" que são do fundo do coração, e morrem no silêncio.

Tem horas que a gente precisa calar...

Tem horas que é difícil saber a hora certa de falar e fazer!

Tem horas que é preciso parar! Tem horas que não sabemos como começar...

Tem horas de querer, e horas de sermos queridos.


Tem horas que queremos sempre mais da mesma coisa, e tem horas que já não aguentamos mais!

E por fim, tem horas que a gente ama, e tem as vezes que somos correspondidos!


Flávio Augusto Albuquerque

Apenas Besteiras...

Hoje resolvi escrever sobre besteiras... nada sério demais, ou profundo... que faça as pessoas pensarem e repensarem na sua vida e em suas atitudes... apenas "besteiras"...


Por exemplo... a própria palavra "besteira"... alguém já pensou em seus significados? Segundo meu amigo "Aurélio", bes.tei.ra.. significa asneira, bobagem, coisa tola.


Hummm... asneira, seriam atitudes de asno, de burro; bobagem, agir igual a um 'bobo', a um tolo; logo... um tolo comete tolices. Mas eu vou mais adiante! E até faço um desafio ao amigo "Aurélio"... seria possível mesmo reduzir a palavra "besteira" a um "mínimo múltiplo comum", e fazer com que todos aceitem de forma unanime o significado real de "besteira"?


Vejamos...: para mim, besteira pode ser realmente uma tolice, uma bobagem. Mas você que está lendo pode pegar a 'minha besteira' e fazer dela um desastre universal, uma hecatombe nuclear universal! Algo sem tamanho mensurável! Ou pode acontecer o contrário, e aquela besteira sua me causar o pior sentimento de derrota que alguém possa sentir!


Então eu posso dizer que besteira é algo inerente ao ser humano, é subjetivo, abstrato, íntimo e pessoal!


Portanto, voltando a 'fita'...: ser tolo, ser bobo, ser considerado um asno, e agir como tal, é algo que tem seu próprio significado, que é diferente para cada um, havendo aqui e ali uma ou outra coincidência de sentimentos...


Por exemplo: sentimentos...: alegria, tristeza, raiva, ódio, amor, paixão, carinho, e até mesmo indiferença! Para cada um, lá no seu inconsciente, tem uma representatividade diferente!
Tem quem tenha medo de palhaços! Que ironia esta! Medo de palhaços! Podem dizer que isto é uma besteira... mas para quem tem medo... isto não será nem perto de besteira! Pode até ser seu pior pesadelo!


Então, eu posso entender depois de tudo isso que na verdade "não existem besteiras". Ou melhor, existem diferentes besteiras! O que é besteira para uns, pode não ser para outros... Aquilo que é importante e claro para uns, pode ser algo totalmente sem nexo, e absolutamente complexo para outras pessoas! Tudo vai depender do estado de espirito, da sociedade da qual cada um faça parte, da história de vida de cada um...


Ou seja, não tem como escrever sobre besteiras sem levar para o lado sério e profundo do seu significado! A não ser que você trate tudo isso como uma grande besteira!
Mas perceba que algumas besteiras até nos servem como lição para grandes atos no futuro... e até ajudam a construir nosso ser!


Flávio Augusto Albuquerque

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Acaso por acaso


Estava aqui divagando sobre o nada,

quando um dos meus botões me fez uma pergunta:


"Existe acaso? Qual a motivação de criar as coisas e deixá-las soltas,

ao léu...? Será mesmo que as coisas foram criadas para ficarem ao dispor

da própria sorte? Deixar as coisas acontecerem sem um por quê, e

simplesmente aguardar para 'ver no que vai dar'?!"


Ora! Mas que botão atrevido! Esta pergunta me tirou aqui

da inércia de meus pensamentos... quando fico parado,

olhando o tempo. Deixando que os passamentos vagueiem

por onde queiram... presente, passado, idéias para o futuro...

Agora desta vez ele deixou-me intrigado!


Estaria o pequenino botão correto, ao questionar a ordem da

espontaneidade de fatos casuais? Seríamos nós mesmo capazes

da façanha de 'mudar' o dito acaso e fazer nosso caminho por nossas escolhas,

conscientes e programados... tudo de acordo com aquilo que imaginamos?

Ou será que "as coisas só acontecem quando têm que acontecer? E elas

simplesmente acontecem por acaso, e pode ou não coincidir

com o que programamos? Em outras palavras: Existe destino? Ou existe acaso?

Um anula o outro?


Fui então ler... li os filósofos gregos, busquei explicações na bíblia,

fui para obras de filósofos modernos, budismo... nenhum me garantia uma

resposta concreta sobre esta dúvida...


E agora?

O que eu direi ao insolente botão, que me pôs esta dúvida na cabeça e agora fica calado?


Bom, algumas culturas acreditam no "maktub"... aquilo que está escrito!

Corra para um lado, corra para outro... ambos irão levar o sujeito para o

mesmo lugar, tal como fora "escrito"... e não há como fugir desse "destino"!


Outras culturas acreditam no total "livre arbitrio" do ser humano, e a idéia de

ir e vir, que tem-se codificada em livros e livros, é cultuada fortemente

no Ocidente, em boa parte!


Mas ainda não cheguei a uma conclusão satisfatória. No final restou somente a dúvida!

Quem já não passou por uma situação e pensou "Poxa, por acaso eu encontro com aquela

pessoa. Parece até que estávamos destinados a nos encontrar naquela hora, e local!"


Poxa! Agora piorou! o 'acaso' unido 'ao destino', que estaria escrito!

O que fazer então?


Pus-me novamente a meditar sobre o assunto... agora pensando em mim,

Nas minhas próprias experiências de vida...


Queimando os miolos de tanto pensar no assunto,


veio até mim uma teoria... acho que bem ponderável,

modestamente.


Eu acho que as "coisas" devem funcionar mais ou menos assim:

Temos o livre arbítrio que nos permite escolher diferentes caminhos,

caminhos que nos levam a diferentes "escolhas", e estas escolhas...

cada uma leva a um outro caminho e estes podem ou não ter

"subdivisões"... e cada subdivisão leva a um ponto final!


É! acho que é por aí... agora já posso voltar cá com meus botões e explicar...!

ihhh...shhh....o botãozinho encrenqueiro caiu no sono! Acho melhor eu também ir...

Afinal... amanhã tenho diversos caminhos a escolher e trilhar por eles!

Espero escolher os certos! Senão, as consequencias dessas escolhas,

essas sim, com certeza virão! Cedo ou tarde!


E devemos estar prontos para assumir as consequencias dessas escolhas!


(Flávio Augusto Albuquerque)

terça-feira, 5 de abril de 2011

Como calcular a altura? h² = b² - (c - x) . (c + x)


Vamos definir a fórmula:


"h" já deu pra entender que é a altura! Vamos definir os demais fatores...

"b" é a 'base'.

"c" eu definiria como caráter.

"x", finalmente é experiência...


Evidente que a altura à qual me refiro aqui, em nada tem a ver com a altura de um triângulo,

tampouco altura em cm, que defina alguém como 'alto' e 'baixo'...


A altura que vou tentar decodificar aqui é a altura "real" de uma criatura, seja qual for... Sabe naquelas horas que falamos "tal pessoa: ô pessoa baixa, viu?!"... Pois! É desta altura que estou falando! Mas relacionar estas incógnitas é que é o "x" da questão!


Assim, aplicando a fórmula, teremos:


Altura é igual a sua 'base' (família, amigos, meio social em que se vive) elevada ao quadrado, menos a multiplicação do binômio "caráter" menos "experiência", e depois "carater" de novo, sendo agora somado à "experiencia".


Contudo, existem detalhes implícitos nesta fórmula... percebam, por exemplo, que sua base varia... podemos mudar o ambiente onde vivemos, conhecer pessoas novas, boas ou más... enfim, a 'base' torna-se um valor constantemente mutável, a depender do que e de quem buscamos! Já diz o sábio conselho, ou conceito...como queira: "Diz-me com quem andas, e te direi quem és!"


Analisemos agora o binômio "caráter" tirando a "experiência", e multiplicando pelo "caráter" somado à "experiência"... ou seja, o caráter sem muita experiência, e o caráter quando se tem mais alguma experiência adquirida... as duas condições sendo multiplicadas uma pela outra.


Agora vamos pegar o resultado obtido por "caráter e experiência" e retire a "base" (ao quadrado) , que dependendo de como foi estruturada, irá nos levar a um valor de "altura" ao quadrado, positivo, ou negativo!


Com toda esta informação, chegamos a:


1) a base é mutável e devemos buscar cada vez melhorar o meio em que vivemos, considerando que esta base irá pesar na diferença do meu caráter e experiência!

2) o caráter deve ser algo que tirada ou somada experiência, deve sempre resultar em algo positivo!

3) a experiência, sendo ela negativa ou positiva, deverá sempre elevar o valor do meu caráter!

4) e por fim, se tivermos um valor de caráter e experiência elevado, sendo a minha base positiva, fará da minha altura um valor positivo!


Logo, se temos base positiva, com um caráter positivo e experiências que somem ao restante da fórmula, seremos uma pessoa positiva! Independente de estatura ou qualquer outra medida ou cota (cor, sexo, religião, condição social, sexualidade, etc...).

Seja como for, nosso caráter e as pessoas com quem buscarmos interagir, farão de nós pessoas altas ou baixas!


Uma pessoa 'mau caráter' com uma ótima experiência de vida, e uma boa base, pode ser a mais baixa pessoa, devido ao seu 'caráter maldoso'. E vice-versa.


Então é isso... o segredo para 'medir' a altura das pessoas está no caráter, nas experiências de vida, e na base, tudo somado, dia-a-dia!



(Flávio Augusto Albuquerque)

domingo, 3 de abril de 2011

60 segundos...


60 segundos, o tempo de um minuto.

É pouco quando o abraço é apertado.

É muito quando a dor não sara!


60 segundos, uma volta completa

do menor ponteiro do relógio,

e uma vida inteira passa em sua mente!


60 segundos é pouco para te amar,

e é muito para estar longe de ti!


60 segundos escrevendo estas linhas,

nunca será tempo suficiente

para demonstrar o quanto te amo!


Porém, é o bastante para acabar com

a confiança depositada uma vida inteira

de união, acabada com uma traição.


Flávio Augusto Albuquerque

sábado, 2 de abril de 2011

E se...

E se eu fosse bilionário?


Primeiro livraria todos da minha família

(até o 3º grau de parentesco) e os

"amigos de verdade" de todas as dívidas,

e depois compraria um bom imóvel para cada um.

Após isso, financiaria um projeto para salvar

todas as crianças e adultos que vivem em condições sub-humanas.



E se eu fosse médico?


Dedicaria pelo menos 5 consultas ao dia para pessoas

que não tivessem condições de pagar por minha consulta.

E trabalharia para a cura da AIDS, do cancêr e da Hep C.



E se eu fosse pescador?


Ensinaria aos meus filhos que a pesca deve ser feita

com consciência, e que devemos respeitar a natureza

e cuidar do meio ambiente com o mesmo respeito que

cuidamos da nossa casa, pois aquela é a casa dos peixes

e outros seres que vivem na água.



E se eu fosse astronauta?


Passaria mais tempo admirando o céu, e vendo a perfeição

que só pode ter sido feita com uma mega inteligência e força

muito superior à que nós pensamos, admiraria a obra de Deus.



E se eu fosse pintor?


Pintaria com todas as cores, as belezas da natureza

dos animais em extinção, das águas e árvores da mata

Atlântica, para que a sociedade futura possa ter uma

idéia daquilo que não cuidamos e destruímos todos os

dias.



E se eu fosse escritor?


Escreveria histórias bonitas, para as crianças dormirem

calmas e felizes, sem ter pesadelo pelo que viram na tv,

e escreveria histórias para ajudar os adultos a entenderem

melhor seu próprio comportamento destruidor, e como

poderiam mudar e melhorar o mundo.




E se eu fosse um mendigo ou criança de rua?


Iria chorar e orar para Deus mandar logo alguém igual

ao bilionário, ao médico, ao pescador, ao astronauta,

ao pintor e ao escritor, para conscientizar o mundo e para

que talvez eles pudessem ter uma realidade diferente!





E se fosse você?




(Flávio Augusto Albuquerque)