segunda-feira, 18 de abril de 2011

Novo trecho do meu livro "Terra Prometida"

...Há muito tempo já caminho sem rumo. Não sei ao certo se dias, horas, meses, minutos... Simplesmente não sei! Tudo é muito confuso aqui! Os pensamentos embaralham-se como num jogo de cartas. Lembranças esquecidas, dores, amores, prazeres, enjoos, gozos, felicidade, ódio, tristeza... Tudo ao mesmo tempo a me enganar, tentando me fazer sentir vivo.

(...)

Existe no ar um pavor terrível do que pode estar por vir! O medo do desconhecido, a ansiedade em descobrir o que é isso tudo. E a dúvida persistente de como vim parar aqui, é ainda mais enlouquecedora!

Este local tem um fedor horrível... É como se tivessem aberto uma lata de creolina, para disfarçar outro fedor ainda pior, de podridão! Nestes momentos eu gostaria de não precisar respirar, só assim poderia passar direto pelas rajadas deste ar nauseabundo sem ser atingido direto nas narinas.


(...)


Flávio Augusto Albuquerque

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