O erro
Noites em claro pensando,
Em busca de uma razão,
Uma explicação para chegarmos até aqui.
O erro foi meu?
O erro foi seu?
Como mergulhado em areia movediça estou,
Afundando mais para dentro de mim mesmo
A cada arfada de ar que meus pulmões exigem,
Que meu corpo pede.
Meu corpo... que um dia já pediu o teu,
Hoje clama por liberdade... Por paz.
Este é o fim? Se for assim, tudo bem!
Se não for, que mal tem?
Apenas quero a mim,
Pois nunca deve-se oferecer o risco a si próprio
Da aflição da rejeição!
Porém, desde quando razão e coração trabalham juntos?
Se assim fosse, tudo seria mais fácil!
Como ponteiros concatenados,
“Tic-Bum, Tac-Bum”…
Para cada pensamento, um bombear cardíaco.
Sofrimentos poupados, gozos vívidos.
Correspondência total entre o querer e o poder,
O desejar e o viver!
Não mais dor, não mais sofrer.
O erro foi meu?
O erro foi seu?
Quão bobo e arteiro é este coração,
Que busca sem poder,
Que deseja sem querer,
O amor de outro ser que não seu próprio ser.
É um estar enamorado, um estar encantado,
Um estar vislumbrado na ilusão e no desejo.
Desejo que cega, desejo que fortalece,
Desejo que enfraquece.
Qual é o erro?
Errado é amar?
Errado é viver?
Errado é ser?
Errado é não ser feliz!
E seguindo vai o erro em sua própria indagação:
O erro foi meu?
O erro foi seu?
Flávio Augusto Albuquerque
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