terça-feira, 5 de agosto de 2014

Camélia Branca - Beleza Perfeita

Seu rosto era belo! Tinha contornos perfeitos, numa simetria divina, com maravilhosas amêndoas no lugar dos olhos e um morango onde era para ser a boca! Sua tez era firme e viçosa, com a vantagem da plena juventude e a firmeza e doçura de um pêssego. A cor era de um alvo puro que sequer o mais branco dos cisnes se equivaleria. Sua beleza era tão perfeita que nem os anjos do céu seriam dotados de tanta 
perfeição! Quiçá apenas o próprio Criador assim O fosse!

Os cabelos são um capítulo à parte! Desciam em madeixas da cor do breu em camadas lisas e brilhantes como pérolas, da cabeça até a cintura, formando um perfeito "V" ao final; e completando a moldura esplendorosa do seu rosto uma franja picotada, que tanto dava um ar suave e angélico de menina, como acentuava os traços da mulher fatal, daquelas do tipo realmente matador e sensual, com cada piscadela que abalava até a mais firme das fortalezas; e não tinha cavalo de Tróia que se equiparasse àquela destruição sumária que todos sentiam ao olhar e vislumbrar tal beleza, que destroçava o sujeito de dentro para fora, com a batida cardíaca final no último instante antes dos olhares se cruzarem, e a partir de então estaria condenado o pobre homem a amar a moçoila pelo resto da vida e até a eternidade!

Tinha o corpo esculpido em perfeito 1m78cm de altura, muito bem distribuídos, com os pedaços de carne salientes justamente onde deveriam estar, e o restante bem adequado ao modelo de seu esteriótipo! Suas duas saliências mamárias, com o tamanho ideal das minhas mãos, e bicos róseos, que lembravam o bico de uma chupeta de neném e uma mamadeira, faziam de mim seu total e entregue bebê envolto em seus braços, no calor do seu colo!

Pela parte de trás tinha uma excelente anca, que encantava qualquer ser humano vivente na face da Terra com o seu balançar! Era o equilíbrio perfeito da balança da Deusa Têmis, e era muito justa e firme em sua continuidade de todo o dorso, finalizando com dois morros que eu escalava quantas vezes fosse necessário até alcançar o ápice!

Suas coxas... Ah suas coxas...! Dali eu extraia o meu absinto viciante, enebriante, me embebedava no contorno das coxas brancas e lisas! Um ponto sequer de marca eu desafiava qualquer um a encontrar! Perfeitamente trabalhadas e presas em sua cinta-liga, fazendo do simples um sensual irresistível. Impossível ficar apenas admirando. Era preciso tocá-las, em todas as dimensões!

Seus pés... dois pedacinhos de nuvens trazidos pelos querubins barrigudinhos e com nádegas nuas e cabelos cacheados, para completar sua delicadeza. Eram pés de bailarina executando perfeitamente um "pas-de-deux" em seu caminhar... Poderiam da planta de seus pés onde pisassem nascerem flores de lótus, como o lendário príncipe Sidarta ao nascer! Mas comparar aqueles pés aos pés do nobre príncipe seria diminuir demais a maravilha aveludada que eram aqueles pés delicados e bem formados. Suaves em seu pisar. Seguros quando se firmavam e ficavam na ponta dos dedos para chegar a tocar seus lábios nos meus!

E para completar, duas mãos de fada! Mãos de veludo, mãos de menina-moça, mãos delicadas, guardadas do frio em suas luvas que combinavam, ninguém sabia, com a seda que formava as suas roupas de baixo! Segredo combinado e revelado apenas a mim, quão sortudo era! Mãos somente expostas com o puxar com os dentes dedo a dedo de suas luvas de seda geralmente nas cores preta, vermelha ou branca, a depender do seu vestido, e, é claro, das suas vestes íntimas, que seriam somente por mim conhecidas no final daquela tarde, início da noite, varando madrugada afora em pleno êxtase! Dois corpos ébrios de paixão, loucos de amor, sôfregos pela próxima e pela seguinte e pela subsequente variação de posição amorosa, carinhosa em seu perfeito e sublime encaixe de sua metade em minha metade! Metades de um mesmo ser, metades de um mesmo viver, metades que formavam um só coração puro de amor e lascívia.


Flávio Augusto Albuquerque

Nenhum comentário: