terça-feira, 25 de junho de 2013

Caminhos opostos: O que restou.


Quando nos envolvemos com alguém, as pupilas dilatam-se, os olhos brilham, a respiração fica ofegante, o coração acelera. Surgem borboletas no estômago. Isso é a magia da paixão, que pode vir a tornar-se amor, com o passar do tempo. 

É algo que estamos fadados a experimentar. Foi assim comigo, será assim com você -se já não foi-, e é assim que acontece com todos nós, independente de cor, idade, sexo,status social... Desta música ninguém escapa à cantoria.

Algo que às vezes preenche todos os requisitos de que vai durar para sempre, que tudo será perfeito, todas as brigas são lindas e os ciúmes são formas de demonstrar amor e que termina em reconciliação, que ferve o coração dos enamorados...

Mas aí vêm as diferenças, a rotina, o brilho fica fosco, a grama do curral ao lado parece mais verde, os ciúmes passam a ser possessividades, desconfianças... desconfianças que antes não tinham sentido hoje têm nome, endereço, telefone e até jantar esquecido  no final daquela noite especial.

Carinhos, afagos, chamegos, presentes... tornam-se brigas sérias, utensílios atirados em ambos os lados, às vezes com o testemunho embaçado das lágrimas que escorrem... palavras ateadas como flechas, que não voltam mais. A respiração antes ofegante de paixão e o coração acelerado, hoje são sinais de ira, dor e sofrimento, decepção. É sinal do fim.

E o que resta no final da história: Apenas caminhos opostos. Cada um para um lado. Na mala, lembranças, prazeres, mágoas, felicidades e tristezas. Ao longe apenas um choro tímido, engolido à força, e um pensamento recorrente na mente confusa que só consegue dizer: "E agora?"


Flávio Augusto Albuquerque

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