Eu digo adeus.
Digo adeus ao passado.
Digo adeus à tristeza.
Digo adeus às lembranças que machucam,
Às escolhas que já foram feitas e aos caminhos que decidimos juntos seguir.
Digo adeus à pele de cordeiro que cobre o recheio e a essência de lobo mau.
Digo adeus à dor e à pena,
ao sofrimento por achar que as decisões também não são minhas.
Digo adeus, e tomo posse da responsabilidade pelos atos que são e sempre foram meus.
Digo adeus ao velho, ao morto, ao limo inerte onde escorreguei.
Digo adeus ao prefácio do livro lido e relido, e pego pena e tinta
para escrever agora uma nova história: A minha história.
Adeus.
Flávio Augusto Albuquerque.